Paróquia de São João de Brito | Alvalade | Lisboa
Procurar
58 itens encontrados para ""
- XXX Domingo do Tempo Comum
27 de outubro de 2024 «Mestre, que eu veja» (Mc 10, 46-52) Uma palavra fraterna... Este hoje também é o nosso grito, a nossa súplica... Muitas vezes confrontamo-nos com a afirmação de que este cego de Jericó vê melhor e mais longe do que os discípulos que seguiam Jesus. Pois na sua cegueira reconhece Jesus como Messias, o Redentor, o Salvador... Na nossa timidez, nas nossas contradições, nem sempre temos a coragem de afirmar com convicção e coerência quem é Jesus no nosso coração, nas nossas vidas... Não quero deixar de sublinhar as palavras do Papa Francisco na recente mensagem para o Dia Mundial das Missões: "Sabemos que o zelo missionário, nos primeiros cristãos, possuía uma forte dimensão escatológica. Sentiam a urgência do anúncio do Evangelho. Também hoje é importante ter presente tal perspetiva, porque nos ajuda a evangelizar com a alegria de quem sabe que «o Senhor está perto» e com a esperança de quem propende para a meta, quando estivermos todos com Cristo no seu banquete nupcial no Reino de Deus. Assim, enquanto o mundo propõe os vários «banquetes» do consumismo, do bem-estar egoísta, da acumulação, do individualismo, o Evangelho chama a todos para o banquete divino onde reinam a alegria, a partilha, a justiça, a fraternidade, na comunhão com Deus e com os outros. Temos esta plenitude de vida, dom de Cristo, antecipada já agora no banquete da Eucaristia, que a Igreja celebra por mandato do Senhor em memória d'Ele. Por isso o convite ao banquete escatológico, que levamos a todos na missão evangelizadora, está intrinsecamente ligado ao convite para a mesa eucarística, onde o Senhor nos alimenta com a sua Palavra e com o seu Corpo e Sangue. Como ensinou Bento XVI, «em cada celebração eucarística realiza-se sacramentalmente a unificação escatológica do povo de Deus. Para nós, o banquete eucarístico é uma antecipação real do banquete final, preanunciado pelos profetas (cf. Is 25, 6-9) e descrito no Novo Testamento como "as núpcias do Cordeiro" (Ap 19, 7-9), que se hão de celebrar na comunhão dos santos» (Exort, ap. pós-sinodal Sacramentum caritatis, 31)." Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem. Fraternalmente, Pe. João Valente.
- Bairro Feliz | Pingo Doce
O Centro Paroquial de São João de Brito agradece a toda a Comunidade as moedas que depositaram da nossa causa (Sistema de Som para Animar a Comunidade). No entanto, a causa vencedora foi "Uma Biblioteca para as Nossas Crianças" da Fundação Adolfo Vieira de Brito. À instituição vencedora apresentamos os nossos Parabéns e ao Pingo Doce deixamos também os nossos agradecimentos com a certeza que o bairro (de Alvalade) está mais feliz. A todos o nosso bem-haja!
- XXXIII Domingo do Tempo Comum
17 de novembro de 2024 «Reunirá os seus eleitos dos quatro pontos cardeais» (Mc 13, 24-32) Uma palavra fraterna... Caminhamos para o termo do ano liturgico, não como para um fim sem mais, mas como para o momento supremo de quem tem vivido na expectativa de Alguém que vai chegar e quer ser acolhido. E o Senhor Jesus, o Filho do Homem, que virá para congregar os homens em Si, e os levar consigo para o Pai. Este o lugar do repouso eterno, para quem viver esta vida presente na expectativa feliz do Senhor que vem. Expectativa e preparação são atitudes fundamentais de toda a vida cristã, hoje lembradas de maneira particular. Celebramos o dia mundial do Pobre. Na mensagem diz-nos o Papa Francisco: "A oração do pobre eleva-se até Deus (cf. Sir 21, 5). No ano dedicado à oração, em vista do Jubileu Ordinário de 2025, esta expressão da sabedoria bíblica é ainda mais oportuna a fim de nos preparar para o VIII Dia Mundial dos Pobres, que acontecerá no próximo 17 de novembro. A esperança cristã inclui também a certeza de que a nossa oração chega à presença de Deus; não uma oração qualquer, mas a oração do pobre. Reflitamos sobre esta Palavra e "leiamo-la" nos rostos e nas histórias dos pobres que encontramos no nosso dia-a-dia, para que a oração se torne um modo de comunhão com eles e de partilha do seu sofrimento." "O Dia Mundial dos Pobres tornou-se um compromisso na agenda de cada comunidade eclesial. É uma oportunidade pastoral que não deve ser subestimada, porque desafia cada fiel a escutar a oração dos pobres, tomando consciência da sua presença e das suas necessidades. É uma ocasião propícia para realizar iniciativas que ajudem concretamente os pobres, e também para reconhecer e apoiar os numerosos voluntários que se dedicam com paixão aos mais necessitados. Devemos agradecer ao Senhor pelas pessoas que se disponibilizam para escutar e apoiar os mais pobres: sacerdotes, pessoas consagradas e leigos que, com o seu testemunho, são a voz da resposta de Deus às orações daqueles que a Ele recorrem. Portanto, o silêncio quebra-se sempre que se acolhe e abraça um irmão necessitado. Os pobres têm ainda muito para ensinar, porque numa cultura que colocou a riqueza em primeiro lugar e que sacrifica muitas vezes a dignidade das pessoas no altar dos bens materiais, eles remam contra a corrente, tornando claro que o essencial da vida é outra coisa." Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, ânimo e coragem. Fraternalmente, Pe. João Valente.
- I Domingo do Advento
1 de dezembro de 2024 «A vossa libertação está próxima» (Lc 21, 25-28.34-36) Uma palavra fraterna... Damos início a um novo ano litúrgico, no qual toda a Igreja celebra o mistério do amor salvador de Deus, em Jesus Cristo. O centro do ano litúrgico é a Páscoa, a maravilha da obra salvadora de Deus, na morte e ressurreição de Seu Filho. O ciclo do Natal, que hoje damos início, celebra o nascimento do Seu Filho e anuncia já a obra salvadora da Páscoa. O tempo de Advento coloca-nos uma vez mais, diante do núcleo central da nossa fé e de toda a vivência cristã: Deus vem ao nosso encontro para nos salvar, para nos libertar... A vinda de Deus não é uma intervenção espetacular, nem uma acção soberana que resolve com mão poderosa os sofrimentos e os conflitos humanos, algo que, ainda hoje a humanidade pede a Deus. Deus vem em Jesus de Nazaré. Sua obra é enviar o Seu Filho Jesus, pelo Espírito, revelação de um amor simples, generoso, pobre, perdedor, entregando-se a todos até à morte e ressurreição. Assim, Deus acolhe e realiza as esperanças e desejos da humanidade: "Dias virão, em que cumprirei a promessa que fiz à casa de Israel e à casa de Judá: Naqueles dias, naquele tempo, farei germinar para David um rebento de justiça que exercerá o direito e a justiça na terra.” A vinda do Senhor é um dom que nos interpela. É um convite à alegria de uma nova vida de pobreza, de amor e de paz. Mas, também, o chamamento a vigiar e a alimentar o dom da esperança: "Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela intemperança, a embriaguez e as preocupações da vida”… A esperança cristã não consiste na convicção de que tudo irá melhorar, mas sim, que Deus tudo faz para que seja possível uma vida de amor, de serviço e de paz. Problemas graves não terão uma resolução miraculosa: a fome, o terrorismo, as guerras, as injustiças... Mas, nós acreditamos que Deus é fiel e tudo fará para que não desistamos do amor, do diálogo e da paz... Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem. Fraternalmente, Pe. João Valente.
- XXXI Domingo do Tempo Comum
3 de novembro. de 2024 «Amarás o Senhor teu Deus. Amarás o teu próximo» (Mc 12, 28b-34) Uma palavra fraterna... A novidade da mensagem de Jesus não está na enunciação dos mandamentos, sobejamente conhecidos por todos, mas, sim, na sua junção: amor a Deus e o amor ao próximo, estão intrinsecamente unidos entre si. Aparentemente amar parece-nos tarefa fácil mas, na prática, no quotidiano, as coisas complicam-se. Diz-nos o Papa Francisco na sua Enciclica sobre a Fraternidade e Amizade social: "Procurando especificar em que consiste a experiência de amar, que Deus torna possível com a sua graça, são Tomás de Aquino explicava-a como um movimento que centra a atenção no outro «considerando-o como um só comigo mesmo». A atenção afetiva prestada ao outro provoca uma orientação que leva a procurar o seu bem gratuitamente. Tudo isto parte duma estima, duma apreciação que, em última análise, é o que está por detrás da palavra «caridade»: o ser amado é «caro» para mim, ou seja, é estimado como de grande valor. E «do amor, pelo qual uma pessoa me agrada, depende que lhe dê algo grátis». [n°93] Sendo assim o amor implica algo mais do que uma série de ações benéficas. As ações derivam duma união que propende cada vez mais para o outro, considerando-o precioso, digno, aprazível e bom, independentemente das aparências físicas ou morais. O amor ao outro por ser quem é, impele-nos a procurar o melhor para a sua vida. Só cultivando esta forma de nos relacionarmos é que tornaremos possível aquela amizade social que não exclui ninguém e a fraternidade aberta a todos. [n° 94]. Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem. Fraternalmente, Pe. João Valente.
- XXVIII Domingo do Tempo Comum
13 de outubro de 2024 «Vende o que tens e segue-Me.» (Mc 10, 17-30) Uma palavra fraterna... Seguir o caminho de Jesus, requer uma grande dose de lucidez. Porque, neste caminho muitas vezes somos confrontados com diferentes e diversas ilusões, que nos podem encadear ou, até mesmo cegar, desviando-nos o afastando-nos desse mesmo caminho... Tal como no Evangelho, a primeira leitura de hoje, do Livro da Sabedoria, já nos alertava para os perigos da riqueza e do desprezo ou para a indiferença para com o Espírito da Sabedoria, que é quem, na realidade dá luz e ilumina o nosso caminho. O deslumbramento para com a riqueza está hoje muito presente na nossa sociedade em que, apesar das necessidades e carências de muitos, vivemos extasiados e obcecados pelo bem-estar e pela riqueza... Este, o contraste entre a Sabedoria de Deus e o diálogo de Jesus com aquele que O interpela no Evangelho de hoje... Este último, consciente da imensa riqueza da Sabedoria de Deus aqui expressa no cumprimento dos mandamentos mas, para a acolher, significa também, o ter de renunciar a outros ídolos que impedem a viabilidade do projeto do Reino de Deus: «Falta-te uma coisa: vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-Me». Das leituras deste Domingo deixamos em aberto duas questões: Em primeiro lugar: qual o lugar da Palavra de Deus no nosso quotidiano? nas nossas opções? No discernimento que constantemente somos chamados a realizar? Segundo: até onde as nossas riquezas, esta obsessão pelos bens materiais, Ou monetário, são obstáculo a este seguir Jesus. Não nos esqueçamos, que uma das nossas maiores riquezas é o tempo; tempo para partilhar, tempo para servir, tempo para amar... Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem. Fraternalmente, Pe. João Valente.
- Bairro Feliz | Sistema de Som para animar a comunidade
O Bairro Feliz é uma iniciativa Pingo Doce que ajuda os nossos bairros a serem ainda mais felizes. A nossa causa " Sistema de Som para animar a Comunidade " é uma das finalistas da 4ª edição do Bairro Feliz, em votação na loja Rua João Saraiva em Alvalade e precisa da ajuda de todos para ser concretizada. O sistema de som (colunas auto amplificadas, suportes, mesa de mistura e microfone) permitirá realizar, em várias respostas sociais, a animação sócio-cultural de várias dezenas de utentes de diversas idades. O equipamento será usado em festas da Creche, Jardim de Infância, Centro de Dia, Academia Sénior, festas da comunidade, etc.. Por cada 10€ de compras que fizer nesta loja Pingo Doce, vai receber uma moeda Bairro Feliz e, para nos ajudar, só tem de a colocar no mealheiro da causa do Centro Paroquial de S. João de Brito . Vote em nós até dia 26 de outubro! Muito obrigado! Um gesto seu pode fazer toda a diferença. Saiba mais sobre esta iniciativa em pingodoce.pt .
- XXV Domingo do Tempo Comum
22 de setembro de 2024 «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos» (Mc 9, 30-37) Uma palavra fraterna. Somos hoje confrontados com o segundo anúncio da paixão: «O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens, que vão matá-lO; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará». Como os discípulos, também nós ficamos apreensivos perante tal anúncio. Não sem algum medo e, muitos receios, os discípulos compreendem que o Senhor procura formar uma nova comunidade, que dê continuidade à Sua missão. Por isso, é com naturalidade que assistimos à discussão sobre a disputa dos primeiros lugares. Discussão que permite a Jesus um novo ensinamento a verdadeira grandeza mede-se pela disponibilidade total para o serviço da construção do Reino. Como ícone, desta consagração plena, é nos apresentada a imagem de uma criança, que para alcançar a felicidade, basta saber-se protegida e amada. A sua fragilidade, é ícone dos mais desafortunados, dos mais débeis e indefesos. Com os quais Jesus sempre se identifica... Também nós hoje, na fidelidade e no seguimento de Jesus não podemos deixar de estar atentos aos mais frágeis e indefesos da nossa Comunidade.. Acolher - é receber, abrir portas, dar espaço. É dar oportunidade incondicional ao encontro, fazer convite, aceitar o momento e a iniciativa de quem procura. Ser Igreja em acolhimento é construir porto de abrigo, sem "alfandegas", fazendo dessa abertura um traço forte e palpável daquilo que é a nossa identidade mais profunda. Escutar - Sem escuta, o encontro com o outro é monólogo. E Deus é diálogo, é comunhão, é partilha! Escutar não é só respeitar educadamente quem nos procura, é sobretudo ser capaz de reconhecer a sua condição específica e valorizar os seus anseios, preocupações ou pontos de vista como ponto de partida para a construção de um futuro partilhado. Sair - O encontro missionário nasce quando aqueles que cremos somos capazes de chegar aos que ainda não O descobriram, aos que d'Ele se afastaram ou àqueles que, por alguma razão, O sentem menos presente nas suas vidas. Assumir a Missão pressupõe tomar a iniciativa, abandonar as zonas de conforto e sair em direção às realidades que nos circundam. Propor - Apresentar a proposta do Evangelho, anunciar a Boa-Nova que o Reino de Deus supõe, constitui o cerne da missão evangelizadora. Sem proposta, o encontro fica incompleto, não traz novidade, nem mudança; sem proposta, não é possível que se abram novos horizontes de futuro. Comunicar - Num mundo cada vez mais interconectado, mas, ao mesmo tempo, tão sequioso de Deus, nenhum dos gestos anteriores pode dispensar, para ser realmente fecundo, uma comunicação criativa, uma forma de chegar ao próximo que seja surpreendente - como só o Espírito nos sabe surpreender. Estar em Missão é comunicar a Vida Nova com o entusiasmo e a alegria que o Evangelho nos oferece. Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem. Fraternalmente, Pe. João Valente.
- XXIV Domingo do Tempo Comum
15 de setembro de 2024 «E vós, quem dizeis que Eu sou?» (Mc 8, 27-35) Uma palavra fraterna. Sempre tive uma certa curiosidade em saber qual a opinião das pessoas acerca de Jesus. Bem sabemos como divergem as opiniões. Para muitos essa questão nem se coloca, são indiferentes. Para outros, um conjunto de ideais, princípios e normas éticas que influenciaram e determinaram o rumo da história, dos acontecimentos, da cultura, da civilização, da humanidade. Não podemos esquecer, também, todos aqueles para quem se tornou uma realidade profundamente perturbadora e inquietante. Talvez, por tudo isso, voltar a questionar-se sobre o lugar que Jesus ocupa na nossa vida e, com o qual nos identificamos, seja uma questão oportuna. Se juntarmos a esta a interpelação de Tiago: "De que serve a alguém dizer que tem fé, se não tem obras?" Encontramos aqui matéria para uma revisão de vida séria e autêntica. O grande desafio no inicio deste ano pastoral prende-se com a capacidade de "serviço" "compromisso" e "participação" na construção da comunidade. Mesmo que para tal signifique renúncia, sacrifício, dedicação, entrega. Como Jesus nos recorda no Evangelho de hoje: "Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a vida, por causa de Mim e do Evangelho, salvá-la-á" Que o Senhor nos dê a força interior para vencermos os nossos medos, as nossas hesitações e, a coragem e sabedoria para nos colocarmos disponíveis para servir, partilhar e darmo-nos para um bem maior, o bem de todos. Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem. Fraternalmente, Pe. João Valente.
- XXIII Domingo do Tempo Comum
08 de setembro de 2024 "Faz com que os surdos oiçam e os mudos falem." (Mc 7,31-37) Uma palavra fraterna. No evangelho de São Lucas, na sinagoga de Nazaré, Jesus apresentou-nos o seu plano pastoral: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres, enviou-me a proclamar aos prisioneiros a libertação e aos cegos a recuperação da vista, a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável do Senhor" (Lc 4, 18s). Plano esse, que se concretiza no relato do Evangelho de hoje. A cura de um surdo/mudo.... estrangeiro..., pagão... A missão de Jesus: restituir a dignidade de filho de Deus. Superando assim, todas as barreiras ou obstáculos, mesmo nas imperfeições físicas. Dignidade de todo o homem e de todos. Independentemente da sua origem ou condição. Só Jesus, pode verdadeiramente curar-nos dessa surdez que nos impede de escutar esta Palavra de vida, esperança e salvação; para então, podermos anunciar a todos esta feliz notícia que é a presença d'Aquele que nos pode curar, libertar, restituir essa dignidade, essa plenitude de vida. Por isso e, uma vez mais, o Evangelho não é apenas o relato de um acontecimento no passado, mas, muito mais, tudo aquilo que o Espírito Santo vai realizando hoje em nós, na medida em que nos deixamos tocar por esta presença, dom do ressuscitado para a Igreja e para o mundo. Renovemos o nosso compromisso neste recomeço de um novo ano pastoral. Peçamos ao Senhor a coragem que nos permita superar os nosso medos, o nosso desalento ou desânimo. Que todos experimentem a alegria de pertença a esta imensa família de irmãos que é a lgreja. Que ninguém, por maior que seja a sua deficiência se sinta excluído ou marginalizado. Que a Igreja seja cada vez mais a casa de todos. Aqui ainda temos um longo caminho para aprender e aperfeiçoar.. Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem. Fraternalmente, Pe. João Valente.
- XXII Domingo do Tempo Comum
01 de setembro de 2024 «Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim». (Mc 7, 1-8.14-15.21-23) Uma palavra fraterna. Retomamos, este Domingo, a leitura do Evangelho de São Marcos. Deixámo-lo, no preciso momento, em que Jesus iria repartir alguns pães e peixes a uma multidão, que era como «ovelhas sem pastor» ...Iniciámos, assim, a leitura co capítulo VI de João, que narra o mesmo acontecimento e consequentemente o debate que dele derivou, através do qual Jesus revela a Sua identidade. Leitura que nos iluminou a todos sobre a centralidade do sacramento da Eucaristia em nossas vidas. O momento em que retomamos a leitura do Evangelista Marcos, situa-nos também, diante de uma discussão, entre Jesus e os «fariseus e alguns escribas». Na referência ao que sai do íntimo de cada um de nós, citando o profeta Isaías: Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. É vão o culto que Me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos. Vos deixais de lado o mandamento de Deus, para vos prenderdes à tradição dos homens». O «coração» na bíblia não é somente o lugar dos sentimentos mas, também, do pensamento e da vontade. Sublinha a responsabilidade de cada um, sobre si mesmo e perante os outros. Por isso, o que sai do coração, acima de tudo, manifesta quem somos. Se endurecermos o nosso coração, fechamo-nos a Deus e aos irmãos... Se abrirmos o nosso coração; Deus pode gravar nele a Sua Lei e fazer uma aliança connosco, constituindo-nos em Seu Povo. Procuremos não deixar de estar atentos, sobre nós mesmos e cuidar do nosso coração, alimentando-o com a oração, com a Sua Palavra, com o Seu amor e o amor ao próximo. Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem. Fraternalmente, Pe. João Valente.