Celebramos a Festa do Baptismo do Senhor. Festa que encerra o ciclo das celebrações do Natal/Epifania; Festa que nos introduz nas celebrações do tempo comum. É por isso, um Domingo ponte, que nos une ao mistério da graça do Senhor, presente nas nossas vidas.
A Palavra de Deus desafia-nos a conhecer a Cristo como o enviado do Pai para nos introduzir nessa vida nova de Filhos de Deus: "Falai ao coração de Jerusalém e dizei-lhe em alta voz que terminaram os seus trabalhos e está perdoada a sua culpa, (...) O Senhor Deus vem com poder, o seu braço dominará. (...) Como um pastor apascentará o seu rebanho...
Também o apóstolo Paulo nos diz: "Manifestou-se a graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens. (...) Ao manifestar-se a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens, Ele salvou-nos, não pelas obras justas que praticámos, mas em virtude da sua misericórdia, pelo batismo da regeneração e renovação do Espírito Santo.
E descendo às margens do Rio Jordão, somos testemunhas desta epifania do Senhor, esta manifestação de Deus na pessoa de Jesus: "Tu és o meu Filho muito amado".
Mas, não podemos deixar de fazer memória do nosso baptismo e o lugar que a graça deste sacramento ocupa na nossa vida de fé. Não é um acontecimento do passado. É realidade viva e presente no nosso hoje, nesta peregrinação de Esperança, neste ano Santo: Jesus entra em contacto com o Pai e o céu abre-se sobre Ele. Neste momento podemos pensar que o céu está aberto também aqui, (...). O céu abre-se sobre nós no Sacramento. Quanto mais vivemos em contacto com Jesus na realidade do nosso Baptismo, tanto mais o céu se abre sobre nós. E do céu voltemos ao Evangelho naquele dia desceu uma voz que disse a Jesus: "Tu és o meu Filho muito amado" (Le 3, 22). No Baptismo, o Pai celeste repete estas palavras. Ele diz: "Tu és o meu filho". O Baptismo é adopção e assunção na família de Deus, na comunhão com a Santíssima Trindade, na comunhão com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo.
Estas palavras não são apenas uma fórmula, mas uma realidade.
Assinalam o momento em que nós renascemos como filhos de Deus. De filhos de pais humanos que somos, passamos a ser também filhos de Deus no Filho de Deus vivo.
Quem somos nós?
No baptismo de Jesus, o Pai, o Filho e o Espírito revelam-se como a família de Deus na qual nós próprios entramos no nosso baptismo. Filhas e filhos de Deus, podemos contar com o Espírito para viver a fidelidade ao Evangelho...
Para todos, e através de cada um de vós, junto daqueles que mais precisam, uma palavra de conforto, esperança, animo e coragem. Santo e feliz Natal; feliz 2025.
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